quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Grupo de Estudos 19/09/2011

           No próximo encontro,19 de setembro.No grupo de Estudos teremos como tema :
Entidade de massa e partido político (com a explanação de Sara Spinassé), Entidade de Massa e comunicação ( com a explanação de Karina May).
           Sabendo que: estes encontros do grupo de estudos acontecem todas as quartas-feiras das 18h as 20h no Espaço cultural Universitário Salomão de Barros Lima, Praça Visconde de Sinimbu, 206 ,Centro.
CEP: 57020-720 – Maceió-Alagoas.Na sala do DCE.

Centro Acadêmico de DANÇA

POSSE DO CENTRO ACADÊMICO DE DANÇA - CA  de  Dança - GESTÃO MUNDE
Aos 14 dias de Setembro de 2011, na sede do DCE, em Assembléia estudantil do NUCEPA, presentes as representações dos cursos de Música e Teatro Licenciatura para o empossamento do CENTRO ACADÊMICO DE DANÇA com vistas à legitimidade no uso de suas funções estatutárias e auntônomas.
Representem formalmente os estudantes do curso de Dança Licenciatura, a partir desta data, os eleitos e agora empossados: Jadiel Ferreira (Coord. Geral) Diego Januário (Coord. de eventos culturais) Mayara Luna (Coord. de assuntos Acadêmicos)

Centro Acadêmico de TEATRO

Centro Acadêmico de MÚSICA

ATENÇÃO!

ASSEMBLÉIA ESTUDANTIL: Em defesa dos nossos direitos
05/09/11 às 09h00 na Tenda Cultural

Após Assembléia histórica com aproximadamente 200 professores da UFAL,
foi deflagrado greve. Os professores repudiaram o acordo do governo com a ANDES/ADUFAL
de apenas 4% de aumento salarial, enquanto sua proposta era de 14%, e definiram por se somar
aos servidores Técnico-Administravitos da Universidades e aos trabalhadores do Institutos Federais (IF)
na greve do serviço público federal.
Nós, estudantes, diante dos sucessivos ataques à educação pública, a falta de estrutura da nossa UFAL,
falta de Assistência estudantil para todos, a tentativa de privatizar nossos HU's, temos, também, de nos mobilizar
e dizer que nós não só apoiamos os servidores na busca por melhores salários e condições de trabalho,
mas, queremos investimentos e 10% do PIB para a educação!
Lutamos por uma Universidade Pública, gratuita e de qualidade para todos. Vamos juntos nos mobilizar e participar
da Assembléia Estudantil e garantir nossos direitos.


Danyel Maxwel

Coord. Geral CAMU




sábado, 27 de agosto de 2011

Para quê estudar Arte?


Querendo ou não desde o nosso nascimento somos preparados para um futuro numa espécie de predestinação, no qual desde cedo nossos pais esperam para nossa vida profissional algo que venha garantir uma estabilidade econômica e um status social, porém quando o assunto é fazer Arte que seja apenas um hobby,salvo as exceções.
   A culpa não está em nossos pais que esperam um futuro financeiro equilibrado, esquecendo até que se pode ter uma vida estável também com a Arte. A culpa está nesse sistema que estamos inseridos e que desde cedo estabelece e discrimina as coisas entre o útil e o fútil, normal e anormal, o que dá dinheiro e o que não dá dinheiro, dentre outros. Crescemos rodeados de afirmações e pensamentos que vêem a Arte como algo superficial e não uma profissão.
   Escolher se aprofunda no conhecimento da Música, da Dança, Teatro, Artes Plásticas e Visuais é uma afronta ao senso comum, primeiro por que a Arte torna sensível e sensibiliza aos seres humanos e segundo por que sensibilizado e sensibilizando, a mudança, a crise estrutural da moral estabelecida pode vir à tona. A Arte sempre combateu as dominações e repressões, embora outras vezes tenha sido usada por mãos oportunistas para fortalecer os interesses de pequenas classes dominantes.
   O nosso contexto é de massificação da Dança, da Música e do Teatro. Todos os dias dezenas de bandas são criadas para simplesmente obter lucro com a música e o canto, utilizando de letras que em sua maioria afirmam pensamentos discriminatórios  banalizando as minorias como as mulheres e os homossexuais. Não estão interessados se a música causará uma reflexão, se contribuirá com uma transformação e com um desCONCERTO interior. Querem mais é lotar seus shows e vender seus CDs.
   Com a Dança não é diferente, pois em vez de corpos críticos são criados corpos massificados “obrigados” a ter um padrão de corpo e a dançar uma coreografia já estabelecida, muitas vezes incitando uma sexualidade reprimida em outros contextos. Não se está preocupado com a Dança enquanto expressão de sentimentos, domínio e expressão do corpo. Não interessa dizer que cada um tem uma Dança própria dentro de si, que não é obrigado existir um padrão de Dança, pois essa Dança particular deve ser encontrada quebrando repressões e padrões corporais e coreográficos estabelecidos.
   No Teatro cria-se uma plateia para assistir uma espécie de “comédia” insignificante que retrata no palco o preconceito contra negros, pobres, a bichinha afetada, a puta que se dá mal, tantos outros estereótipos criados pelo próprio sistema. Esses infrATORES não sabem o crime que cometem ao usar o Teatro para afirmar preconceitos e discriminação e se sabem não estão nem um pouco preocupados, querem mais é encher os teatros( e enchem!), encher seus bolsos em cima da desumanização alheia, com piadas sem graça e sem escrúpulos. Esquecem o poder do Teatro e principalmente da comédia que já na Grécia antiga era usada, segundo Aristóteles em sua Poética, para mostrar o ser humano como ele é para que sendo mostrado o seu ridículo possa se reconhecer e buscar uma mudança. Mas sei que esses infrATORES não devem ter lido( e assustem-se que devem ter lido sim!) e mesmo assim não estão com o Teatro por mais teatral que sejam.
   É nesse contexto que enfrentamos o dilema de escolher fazer Arte com uma preocupação social e estética ou simplesmente fazer qualquer coisa e chamar de Arte. A segunda opção é mais fácil, mais lucrativa e mais bem aceita pelo público, porém como diz o respeitado diretor de Teatro de Maceió Lael Correa “O artista tem que levar o novo para o público, não oferecer o que ele já tem”.
   Escolhe-se estudar uma graduação em Arte por um impulso maior que a Arte causa dentro de nós, poderíamos escolher qualquer outro curso, mas ela se apresentou mais forte em nós. Fomos conquistados e rendidos, não passivamente, mas ativamente.  Interagindo, descobrindo, questionando e transformando a realidade dentro e fora de nós.
   Dentro da Universidade a concepção de Arte muitas vezes não é distante do que encontramos fora dela, pode até ser bonita no discurso, mas na prática é geralmente tratada como entretenimento e um hobby que não necessitaria de uma graduação. Porque se fosse entendida como deveria ser (em um ambiente que se propõe a transformação social) a Arte teria seu lugar respeitado dentro da comunidade acadêmica, não numa questão hierárquica, mas com o respeito que todas as graduações merecem. A Arte deveria estar em contato com o todas as áreas do conhecimento, pois o artista precisa do todo e o todo precisa da Arte.
   Então é importante o estudo e a construção da Arte, porque vivemos em uma sociedade na qual a tecnologia e a busca pelo lucro formam cidadãos preocupados com o consumo, com o acumulo de dinheiro, com o status quo, com a busca pelos interesses individuais, com políticos corruptos que desrespeitam e desfavorecem a maioria da população e é nesse contexto que a Arte vem para mostrar que a vida é rara e que o ser humano merece respeito e liberdade. Vem mostrar que a acomodação incomoda e que nem tudo deve ter como resposta o sim. A Arte torna a vida mais leve mostrando a dureza em que estamos inseridos.
   Tudo isso é muito perigoso, pois esclarecer as pessoas e levá-las a busca da emancipação são coisas que não estão e nunca estarão nos interesses capitalistas, mas nós que queremos e sabemos de toda essa importância temos a obrigação de grita que é possível dançar uma Dança em que sua individualidade seja respeitada para assim construir a coletividade. É preciso cantar e tocar uma Música que encoraje e diga que “a vida é bonita”, mas que viver não é tão simples como diz na TV ou em outros discursos reacionários e por fim é preciso quebrar todas as máscaras da hipocrisia, da demagogia, do medo, da repressão, para que nesse espetáculo da vida cada um se sinta protagonista com direito a construir seu final feliz.
   Não é por acaso que tanta gente como nós escolheu a Vida para a Arte e a Arte para a Vida.   

                                                                                                      Bruno Alves